sábado, 24 de setembro de 2011

Por aí

Quanto mais a escuridão tenta se aproximar mais eu me afasto.
Tenho no peito um amor que não consigo mensurar.. que não diminui e não se modifica, mesmo com suas intempéries.
As pessoas me tomam como ingênua e eu acho graça nisso. Não tento fazê-las mudar de opinião. Isso há muito tempo não me perturba.
O anjo que encontrei esta noite mostrou-me o meu destino. Bem diferente do que eu pensava que seria, mas não me oponho ao plano que me foi traçado.
Há muito não luto contra nada e nem a favor de nada.
É hora de mudanças.
Este anjo me sacudiu e pediu que eu o ajudasse na minha própria caminhada..
Já que estradas são feitas de passos.. caminho agora na direção do que almejo.. do que sei que me foi destinado.
E não desisto porque sinto no fundo da minha alma que preciso passar por tudo isso pra merecer o que me espera no final.

De volta

Foram dias difíceis e noites quase insuportáveis.
Relógios que pareciam parados.. sol que não iluminava e frio que parecia não se ausentar nunca mais.
Sorrir foi extremamente trabalhoso. Conter as lágrimas, impossível.
Porém, para cada lágrima, eu recebi uma mão estendida.
Para cada momento de desepero e pavor do mundo, um olhar de cumplicidade.
Para cada instante de desânimo, um sorriso que me convidava a voltar à vida.
E eu voltei.
Extremamente machucada, ferida na alma... mas voltei.
Os olhos ainda que marejados conseguem sorrir.
E o coração... ah este coração que parece ter sentido toda a dor do mundo, não me deixa esquecer em nenhum momento cada alma pura que esteve em meu caminho e que com paciencia e amor me trouxe de volta do abismo onde me encontrava.

Eu peço perdão a todos... perdão por não conseguir expressar aqui o tamanho do amor que sinto por cada um de vcs e principalmente, perdão por demorar tanto tempo pra reconhecer que só o fato de ser querida por pessoas como vocês já é motivo de sobra pra ser a pessoa mais feliz do mundo!

MUITO OBRIGADA!

Aqui dentro

Ontem meu nariz sangrou.
Não, não o nariz, na verdade.. mas o coração. Ele foi partido em um milhão de pedaços.
Eu senti muita raiva quando descobri que o mundo que me mostraram era de mentira..
Uma dor que dilacera tomou meu peito por completo quando o cérebro contou a este coração que por maldade alguém havia feito dele um fantoche.
Sim. Eu voltei no tempo e fui notando que todos os instantes.. textos.. mensagens.. eles não eram destinados somente a mim.. Fui parte de um jogo de vaidade.. de conquista infantil.. daquela crueldade adolescente do menino que maltrata o gato pelo simples prazer de ver os amigos comentarem e rirem. Porém entendo agora que essa maldade não vem do fundo do coração.. vem da falta de maturidade..
A dor permanece por um tempo ainda, eu sei. Mas a raiva passou.
Por algum motivo que ainda nao me foi revelado, Deus me concedeu um coração com uma capacidade incrivel de perdoar, mas desta vez não quero esquecer.
Todo o ódio que eu pensei que sentiria nem ao menos se aproximou de mim.
Estou numa especie de bolha.. fora da órbita da Terra.. a dor aos poucos vai sendo anestesiada pelo tempo.. que, talvez por pena ou caridade, tem passado tão depressa...
Aos poucos eu junto os cacos do meu coração.. e consigo esboçar um sorriso tímido.. ressabiado.. mas sincero, pq a sinceridade é, de todas as muitas qualidades que possuo, sem sombra de dúvida a melhor!
Por Marcela Picinato
29/08/2011